Uma quadra, trave, bola com guizos, vendas e silêncio. Esses são alguns dos instrumentos necessários para praticar goalball. Nesta modalidade, que é coletiva, entram em quadra três atletas de cada time. O jogo é dividido em dois tempos de 12 minutos cronometrados, com intervalo de três minutos. Durante esse período o silêncio só é quebrado na comemoração do gol e no caso de Xanxerê foram doze.
Uma conquista esperada. Cinco anos treinando e há dois participando das competições no Parajasc, o objetivo do grupo era tirar a inventividade de Florianópolis, que por quatro anos levou a medalha de ouro. Os jogos aconteceram no domingo (26), contra a capital do estado e segunda-feira (27), contra Blumenau, quando veio a conquista com placar de 12×7.
Para o jogador Ricardo Cavalheiro, de 26 anos, a vitória era muito esperada e foi a união do time que a fez acontecer. “Nós estávamos determinados a ganhar e a superar nossas barreiras. Na hora que terminou o jogo, nem acreditamos. Comemoramos muito”, disse.
Participam da equipe do goalball da Apadavix, além do Ricardo, Leandro Bicigo, Valdecir de Oliveira e Fernando Rodrigues. O time foi coordenado e treinado pelo professor de educação física Jean Carlos Lemos. A Instituição também conquistou medalhas no atletismo, com Roseli da Silva, medalha de Ouro no arremesso de disco, e Prata no arremesso de dardo e peso. Junior Matiello conquistou ouro nos 400 metros rasos. A equipe de futsal, que também participou das competições, não pontuou.
Na classificação geral Xanxerê conquistou 19 medalhas destas, 12 ouros, seis pratas e uma de bronze.
O Parajasc de 2015 aconteceu na cidade de São Miguel do Oeste de 25 a 30 de abril e reuniram 1.700 atletas com deficiência auditiva (DA), visual (DV), física (DF) e intelectual (DI) nas modalidades de natação, atletismo, xadrez, goalball, tênis de mesa, futsal, handebol em cadeiras de rodas, bocha paraolímpica e basquete para cadeirantes.